Aqui chove e garoa há quarenta horas. Os dias, cinzas, parecem não-nascidos, ocultos sob muitas camadas de lençóis almofadados. O ruído da água é preguiçoso e melancólico quando ouvido através das janelas cerradas. O Arthur, numa conversa meio mineira, longínqua, me fala como toda a efetividade assenta-se sobre uma única coluna subjetiva; deito-o de lado, perto do copo vazio, e espero que a qualquer momento você abra a porta da frente, com uma malinha manca, de sobretudo bege. O cheiro dos cabelos lisos e negros, o sabor do pescoço convidativo, a faísca nos olhos, o corpo que chama... Noites em claro, dias em sombra. Com muito amor e saudades, do seu, Rafa.
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Um comentário:
"Finalmente, cansada das pequenas batalhas, muitas delas sem o menor sentido, outras voluntárias, busco refúgio em te escrever, pois, imaginando que você vai dar sentido a estas palavras, a estas confusões vazias, que você terá essa folha de papel meio amassada e borrada nas mãos, sinto que há (ou melhor, haverá) realidade quando eu vier a existir em você, quando você, através do seu amor, me alce ao status de SUA. Eu vivo meus dias e luto minhas batalhas demonstrando meu amor por você. Ou melhor: é para mostrar - sentir, viver - o amor que faço ou deixo de fazer. Você é o ápice, o centro e o caminho." Obrigada! Eternamente...
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