quinta-feira

para Simone de Beauvoir

Passavam densas, cinza sobre cinza. Opressoras em suas massas, eu suas cores, todas elas. Falaram-me da extensão do real e de suas superposições cujos nomes são um: sonho. Demonstraram-me a física onírica dos detalhes intricados da Vastidão. Então, súbito, o trovão; ondas titânicas marejando e retorcendo-se, formando franjas e marolas no tecido irregular daquela tarde. O ar eletriza-se. A chuva cai sobre a chuva.

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