quinta-feira
os ciclos, ah! os ciclos
quarta-feira
melancolia vespertina crônica
segunda-feira
contra
Contra a monstruosidade, as lágrimas, o assassínio. Contra aqueles que, acreditando-se escolhidos por uma força cósmica --que na realidade não passa de uma auto-ilusão narciso-psicótica--, acham-se no direito de arrancar ao mundo a vida, a beleza e a esperança. Contra aquilo que nos faz longe, muito longe da paz, e que a faz parecer um sonho extra-terrestre, empoeirado e louco.
sexta-feira
W. Herzog
quarta-feira
sonho 6YH32-A
quinta-feira
reflexão pontual
Estamos acostumados à idéia de verdade: herança do Universo estático e perfeito de Aristóteles, cujo Sol não admite a presença de manchas. Imaginamos que é natural do ser humano o desejo pela estabilidade das cosmogonias. Tentar descartar a angústia de nunca saber é ilusão. É também ilusão acreditar saber. Idéias minimamente diferentes têm nos homens uma severa tendência à destruição mútua. Diferentes visões de mundo levam às guerras. Em todas as partes do Universo há “guerra”, matéria e antimatéria competem pelo ser. Átomos, moléculas, países. Logo, um possível destacamento qualitativo dos homens sobre o mundo não pode jamais ser levado a sério. Da mesma forma podem ser encarados os homens que mantiveram a mesma opinião sobre as coisas nos cursos de suas vidas. Diferentes níveis de energia da substância travam batalhas entre si, assim como diferentes idéias na mente de um poeta, ou como as múltiplas interpretações dos filósofos. Ou ainda como aquilo a que chamamos “vida” floresce e perece em raros desabrochares, num pulso auto-discordante.